Minimalismo

A palavra minimalismo reporta-se a um conjunto de movimentos artísticos e culturais que percorreram vários momentos do século XX,surgiu de artistas como Sol LeWitt, Frank Stella, Donald Judd, Dan Flavin e Robert Smithson. Muitos outros artistas contribuíram de maneira importante ao movimento manifestos através de seus fundamentais elementos, especialmente nas artes visuais, no design e na música. Surgiu nos anos 60 nos Estados Unidos. As obras minimalistas possuem um mínimo de recursos e elementos. A pintura minimalista usa um número limitado de cores e privilegia formas geométricas simples, repetidas simetricamente. 

No decurso da história da arte, durante o século XX, houve três grandes tendências que poderiam ser chamadas de “minimalistas”: (manifestações minimalistas: construtivismo, vanguarda russa, modernismo). Os construtivistas por meio da experimentação formal procuravam uma linguagem universal da arte, passível de ser absorvida por toda humanidade.A segunda e mais importante fase do movimento surgiu de artistas como Sol LeWitt, Frank Stella, Donald Judd e Robert Smithson, cuja produção tendia ultrapassar os conceitos tradicionais sobre a necessidade do suporte: procuravam estudar as possibilidades estéticas a partir de estruturas bi ou tridimensionais. O minimalismo exerceu grande influência em vários campos de atividade do design, como a programação visual, o desenho industrial, na arquitetura. Os minimalistas produzem objetos simples em sinônimo de sofisticação. 

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Sol LeWitt

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Frank Stella

A música minimalista nasceu com a série Composições 1960, criada por La Monte Young, esta pode ser cantada apenas com duas notas. 

 Música de La Monte : http://www.youtube.com/watch?v=-mcFe3mUgPI

A literatura minimalista caracteriza-se pela economia de palavras, onde os autores minimalistas evitam advérbios e sugerem contextos a ditar significados, marcada pricimpalmente por Samuel Beckett (dramaturgo e escritor irlandês)
e Raymond Clevie Carver (escritor norte-americano)

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Não é de hoje que a sociedade chega a momentos de busca por uma linguagem limpa e crua para certos objetos e ambientes. Passamos por fases de exageros estéticos e outro de simplicidade, objetividade e racionalidade. Nesses períodos de Racionalismo pode nascer o minimalismo.

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Huis Clos Inverno 2011

 

A atriz Gwyneth Paltrow tem desfilado com várias produções minimalistas ultimamente, na sua maioria criações da Calvin Klein.

 

Características minimalistas:

– Elaboração de obras (pinturas, esculturas, músicas, peças de teatro) com a utilização do mínimo de recursos;

– Utilização de poucas cores nas pinturas;

– Nas artes plásticas, destaque para o uso de formas geométricas com repetições simétricas;

– Criação de músicas com poucas notas musicais, valorizando a repetição sonora.

 

Principais artistas minimalistas:

– Samuel Beckett (dramaturgo e escritor irlandês)
– Raymond Clevie Carver (escritor norte-americano)
– Philip Glass (compositor norte-americano)
– Robert Bresson (cineasta francês)
– Dan Flavin (artista plástico norte-americano)
– Sol LeWitt (artista plástico norte-americano)
– Frank Stella (artista plástico norte-americano)

Land Art

Land Art, Earthworks ou Earth Art [arte na Terra] é um movimento artístico que emergiu no Estados Unidos no fim da década de 60, princípios da década de 70, no qual a paisagem e o trabalho artístico estão inextrincavelmente ligados. As esculturas não são colocadas na paisagem; a paisagem é o principal meio de criação. Por vezes os trabalhos são realizados no espaço aberto e em alguns casos bem longe da civilização, onde ficam sujeitos à erosão e condições naturais do clima.Muitos dos primeiros trabalhos foram feitos nos desertos do Nevada, New Mexico, Utha e Arizona e eram naturalmente efémeros, pelos que apenas existem registos em vídeo e fotografias. 
Aliás, o aspecto efémero das obras Land Art é uma das suas mais marcadas características. Land Art é uma também uma forma de protesto contra o lado comercial que está associado às obras de arte tradicionais.

Na origem da Land Art esteve a tendência para utilização de elementos naturais, como a pedra, a terra e osal como meio expressivo e como elementos constituintes das obras de arte, presente nas obras de Walterde Maria e de Robert Smithson.A corrente da Land Art apresenta duas tendências. Uma, mais delicada,entende o natural como lugar de experimentação, com grande liberdade de ação. Foi protagonizada peloholandês Marinus Bozem e pelos ingleses Barry Flannagan e Richard Long, que realizaram trabalhos comfolhas e pedras, colocados na paisagem onde pretendiam colocar em paralelo diferentes formas naturais.Outra tendência, centrada nos Estados Unidos, exprime-se de forma mais radical e espetacular. Uma dassuas experiências mais conhecidas é a “Espiral”, realizada por Robert Smithson em 1970, no Great SaltLake, construída com terra e pedra sobre a água, numa extensão superior a quatrocentos metros,posteriormente destruída pela própria água.
 
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O mais extraordinário de tudo, é que em algum tempo em algum lugar havia pessoas se empenhando e trabalhando enfaticamente em algo que não lhes trariam lucro algum, pessoas fazendo algo em prol da arte e da satisfação em  ver um trabalho concluído, mas que pouco tempo a natureza se responsabilizará em destruir.

 

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 Centrada no Estados Unidos, mais radical e espetacular. Uma das experiências é a de Robert Smithson em 1970 conhecida como “Espiral”, construída com terra e pedra sobre a água, numa extensão superior a  quatrocentos metros, posteriormente destruída pela água.

 

Fontes: http://www.infopedia.pt/$land-art

http://nonoeart.blogspot.com.br/

 

Expressionismo abstrato

É galera, os EUA  mais uma vez se destacaram, mas agora, não como potência ou o país que lucrou com a guerra, mas em termos artísticos. O expressionismo abstrato, um movimento artístico iniciado em Nova York, logo após a Segunda Guerra Mundial, foi o  primeiro estilo pictórico norte-americano ou seja a força da imagem mostrada em todos os mínimos detalhes que nos comove. O movimento que ganhou proporções internacionais possuía várias influências, com um repertório amplo tanto na literatura de  J. Joyce e T. S. Eliot como a  psicologia de Carl Jung e ao existencialismo de Jean-Paul Sartre, e pela cultura norte-americana, sobretudo o jazz e o cinema de Hollywood.

Em suas características, o expressionismo abstrato traz com todas essas fontes uma crítica ao capitalismo e a civilização tecnológica, a recusa dos estilos e técnicas artísticas tradicionais, assim como a postura crítica em relação à sociedade e ao establishment americano, aproxima um grupo bastante heterogêneo  Os caras que mais se destacaram nesse movimento foram: Jackson Pollock (1912 – 1956), Mark Rothko (1903 – 1970), Adolph Gottlieb (1903 – 1974), Willem de Kooning (1904 – 1997), Ad Reinhardt (1913 – 1967), D. Smith, Isamu Noguchi (1904 – 1988).

Imagem Em 2012 completam-se 100 anos do nascimento de Jackson Pollock, um dos mais importantes pintores norte-americanos. Apesar de sua fama e reconhecimento, Pollock sempre foi alvo de críticas pelos que não conseguem lidar com uma arte extremamente provocativa – inclusive na atualidade. A obra de Pollock não fica apenas para a história da criação artística, mas também para a história da forma como encaramos as obras de arte deste último século.

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The she wolf – 1943

Os emaranhados de linhas e cores que explodem nas telas de Pollock afastam qualquer idéia de mensagem a ser decifrada. Do mesmo modo que os quadros de Rothko, com suas faixas de pouco brilho e sutis passagens de tons, ou mesmo as soluções figurativas de De Kooning, não querem oferecer uma chave de leitura. A ausência de modelos, a idéia de espontaneidade relacionada ao trabalho artístico e o gesto explosivo do pintor que desintegra a realidade não impedem a localização de problemáticas que pulsam nas obras produzidas. A preocupação com um retorno às origens, interpretada como busca de forças elementares e emoções primárias, é uma delas. A isso liga-se o interesse pelo pensamento primitivo – visto como alternativa à racionalidade ocidental -, a retomada de heranças arcaicas e certa concepção de natureza como manancial de forças, instintos e metamorfoses.

 

Fontes: obviousmag.org

 www.cherryplus.com.br

  www.itaucultural.org.br

Semana da Arte Moderna – 1922

A Semana da Arte Moderna, ocorreu em São Paulo no ano de 1922, nos dias 13 a 17 de fevereiro, no Teatro Municipal. A Semana é considerada como a semente da qual brotou o Modernismo brasileiro, embora seus principais expoentes, Mário e Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Menotti del Picchia, Tarsila do Amaral, Emiliano Di Cavalcantti e Manuel Bandeira, já tinham escrito vários capítulos de ruptura na década anterior, que serviriam para narrar a novela da mudança cultural. A nova geração intelectual brasileira sentiu a necessidade de transformar os antigos conceitos do século XIX. Embora o principal centro de insatisfação estética seja, nesta época, a literatura, particularmente a poesia, movimentos como o Futurismo, o Cubismo e o Expressionismo começavam a influenciar os artistas brasileiros. Anita Malfatti trazia da Europa, em sua bagagem, experiências vanguardistas que marcaram intensamente o trabalho desta jovem, que em 1917 realizou a que ficou conhecida como a primeira exposição do Modernismo brasileiro. Este evento foi alvo de escândalo e de críticas ferozes de Monteiro Lobato, que publicou artigos no jornal Folha de São Paulo, ridicularizando as obras da pintora. Monteiro Lobato possuidor de grande influência na elite paulista, impulsionou uma grande polêmica. Críticas aparecem, obras são devolvidas, e nesse contexto eclodiu a Semana da Arte Moderna, que foi fundamental para formação de identidade artística brasileira.

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A Semana de Arte Moderna representou uma verdadeira renovação de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou então da vanguarda, para o modernismo. O evento marcou época ao apresentar novas ideias e conceitos artísticos, como a poesia através da declamação, que antes era só escrita; a música por meio de concertos, que antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas; e a arte plásticaexibida em telas, esculturas e maquetes de arquitetura, com desenhos arrojados e modernos. O adjetivo “novo” passou a ser marcado em todas estas manifestações que propunha algo no mínimo curioso e de interesse.

 

 

A Semana não foi tão importante no seu contexto temporal, mas o tempo a presenteou com um valor histórico e cultural talvez inimaginável naquela época. Não havia entre seus participantes uma coletânea de idéias comum a todos, por isso ela se dividiu em diversas tendências diferentes, todas pleiteando a mesma herança, entre elas o Movimento Pau-Brasil, o Movimento Verde-Amarelo e Grupo da Anta, e o Movimento Antropofágico. Os principais meios de divulgação destes novos ideais eram a Revista Klaxon e a Revista de Antropofagia.

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‘As pinturas de Tarsila, autora do famoso ‘Abaporu’, por exemplo, remetem ao Cubismo, mas com um discurso autóctone, com cores tropicais e a temática de fundo do interior rural brasileiro’, segundo Denis.

 

Para o especialista, a Semana de Arte Moderna e o Modernismo tiveram seu impacto até os anos 60, mas a partir dos 70 se pulveriza a mensagem desse período de euforia, que, nas palavras de Mário de Andrade, constituiu ‘a maior orgia intelectual que a história artística registrou’. EFE

 

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O Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, comemora com mostra especial os 90 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, que mudou o panorama da arte no Brasil. A exposição “90 anos depois – A Semana de Arte Moderna” reúne 80 obras, com telas de peso como A Ventania (1915), de Anita Malfatti, e Operários (1933), de Tarsila do Amaral, até 29 de julho.

 

 

 

Bauhaus

A Staatliches-Bauhaus, que siginifica ”casa construída”,  conhecida simplismente por Bauhaus.  foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do mundo.

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Fundador: A escola foi fundada por Walter Gropius em 25 de abril de 1919, a partir da reunião da Escola do Grão-Duque para Artes Plásticas. Gropius iniciou sua carreira na Alemanha, seu país natal, mas com a ascensão do nazismo na década de 1930, emigrou para os Estados Unidos da América e lá desenvolveu a maior parte de sua obra.

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Objetivos/Características: A intenção primária era fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitetura, artesanato, e uma academia de artes, e isso acabou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram ali. A maior parte dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a Segunda Guerra Mundial. A escola promoveu um novo princípio estético, com o uso de volumes limpos e definidos. Essa mudança marca o início de uma nova fase, cuja produção se caracteriza pela simplicidade racional e pela preocupação com a viabilização econômica dos projetos. 

 

Críticas políticas e o fim da Bauhaus: 

Gropius, abandonou a diretoria da escola, por várias críticas sobre o custo de manutenção da escoala. Hannes Mayer marxista foi seu seucessor, e adotou algumas medidas contrárias as de Gropius. Substitui o artist – designer pelo industrial designer, imbuindo sua visão funcionalista no ensino.Porém, as atitudes marxistas de Mayer , chocavam-se com a filosofia política de Dessau, aliando o descontentamento do rumo que a escola tomava , Fritz Hesse o demite e, em seu lugar, assume Ludwing Mies Van de Rohe, por indicação de Gropius em 1930.

Retomando a filosofia original, a Bauhaus buscava o realismo funcional, perfeição formal e uso de materiais mais nobres. Embora Mies tivesse posto fim as atividades políticas da escola, ela continuou sendo mal vista pelo Partido Nazista. Segundo eles, a Bauhaus patrocinava uma arte degenerada, sem vitalidade e decadente em relação ao “dinâmico espírito alemão”. Somados a isso, corriam as críticas às ideologias esquerdistas de membros da escola.

Em 1932, os nazistas tomaram o poder em Dessau, forçando a escola a mudar-se para Berlim, numa fábrica abandonada de telefones, sob o nome de Instituto Superior de Pesquisa Técnica. Porém, seis meses mais tarde, em Julho de 1933, a Gestapo ocupa a escola.

Ali se encerrava quatorze anos de atividades artísticas.